quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

NAO ERA UM BICHO ERA UM HOMEM!

 “Vi ontem um bicho na imundície do pátio. Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa não examinava nem cheirava, engolia com voracidade. O bicho não era um cão, não era um gato, não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem”. (Manoel Bandeira)
Tanta propaganda se faz de que o Governo Federal retirou   da miséria cerca de R$ 20 a  30 milhões de brasileiros  que passaram a consumir comprando objetos que tanto sonhavam.
É um numero tão elevado  que se pergunta porque não atingiu os cerca de 60% da população que vive miseravelmente com R$ 70/mês.
Enquanto existirem estas chagas de homens irmãos nossos serem confundidos com animais por estarem se alimentando do lixo (até crianças também);
Enquanto 60% da população sobreviver milagrosamente com R$ 70/mês;
E nquanto uma população pobre leva mais de 1/ano para ser atendido em um hospital publico muita das vezes morrendo enquanto espera;
Enquanto existirem crianças se prostituindo aos 9 anos de idade para terem dinheiro para sua sobrevivência;
Enquanto brasileiros desonestos saquearem os cofres públicos e jamais serem punidos, nem com a devolução do que roubaram e mais tudo que acima foi exposto, o Brasil não poderá :
Alardear  ao mundo que é um país   com reservas cambiais significativas .
Ventilar hipótese de ajudar países Europeus quebrados, mais mesmo quebrados financeiramente seus habitantes não sobrevivem comendo lixo.
Não poderá estar perdoando dividas de países africanos para conosco ;
É MUITA INCOERÊNCIA...
Creio que  se o Brasil negociasse com seus  credores na maioria bancos   uma redução de 10% no pagamento anual e usasse esse recurso para erradicar a miséria, melhorar a saúde, aplicar mais em educação ai sim o Brasil seria um país serio e humano e poderia fazer a propaganda que quisesse de seus feitos.
Depois de ler o poema de Manoel Bandeira fiquei triste  chegando ao ponto de não querer participar de nenhum festejo de natal, pois enquanto tivesse saboreando as mais gostosas iguarias e pensasse que o resto do que eu comesse iria para o lixo e serviria de alimento a um irmão meu eu não ficaria satisfeito. Parece utópico mais é o que sinto, já tentei junto com alguns amigos em algumas oportunidades amenizar a fome desses catadores de lixo, porém não se encontra todo ano nem toda hora alguém disposto a ajudar pois estão muitos preocupados a ter, ter e ter...e não pensam em SER, pois a medida do ter não enche.




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